IPA - Parte 2

Com o início da revolução das cervejarias artesanais nos Estados Unidos, os cervejeiros passaram a vasculhar os registros históricos de estilos de cerveja que poderiam recriar, e cervejas como a Ballantine IPA foram fontes de inspiração. Os lúpulos americanos foram descobertos em ter sabor e aroma mais intensos que os europeus, e as IPA tradicionais mostraram ser vitrines perfeitas para eles. Bert Grant começou a produzir IPA em Yakima, Washington, no início da década de 1980 e apostou no uso de ingredientes locais. Ele descobriu que os lúpulos do noroeste americano, como o Chinook e Cascade, davam a cervejas lupuladas como as IPAs uma incrível gama de aromas frutados, resinosos e cítricos. Tratava-se da evolução do estilo de uma cerveja que, em teoria, ainda podia ser envelhecida como as suas ancestrais, mas que proporcionava uma explosão de sabor quando apreciada jovem e fresca. A produção de IPA se espalhou pela costa oeste dos Estados Unidos e logo por todo o país, e ela se tornou um padrão pelo qual os cervejeiros artesanais podiam ser comparados. Cresceu o apetite por cervejas seriamente lupuladas, o que conduziu às “Double IPA” ou “Imperial IPA”, expandindo as fronteiras da intensidade de amargor e aroma. 

O debate sobre o que realmente constitui uma “autêntica” IPA continuará. Se fôssemos estritos quanto a isso, poderíamos argumentar que apenas uma cerveja que resistiu à jornada marítima da Europa, contornando o Cabo da Boa Esperança, até chegar à Índia é uma verdadeira IPA. Uma vez que já não é possível realizar essa viagem pela rota original, tal condição seria impensável (atualmente, todos os navios que vão da Europa para a Índia usam o canal de Suez). De qualquer modo, a IPA sempre esteve em evolução. As October ales evoluíram para a versão londrina de Hodgson, que depois se transformou ao ser produzida em Burton. Os registros de produção do século XX mostrariam que a IPA era uma ale leve e refrescante com cerca de 3,5% ABV. É possível argumentar, então, que nessa época ela era tão autêntica como uma Imperial IPAmoderna produzida com variedades de malte e lúpulo que não existiam quando a Bass estava em seu auge. As versões de IPA continuam a se multiplicar pelo mundo, e seguirão evoluindo para se ajustarem ao nosso paladar.

 

Não basta só beber cerveja boa todo dia, nós da Maniacs sabemos que quem curte mesmo nossos produtos quer saber mais sobre esse líquido tão amado. Por isso trazemos pra vocês alguns trechos do Guia Oxford de Cerveja editado por Garrett Oliver, com a revisão na versão brasileira do nosso CEO e fundador, Iron Mendes, para matar também sua sede de informação e cultura cervejeira.

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