Condicionamento em Barril de Madeira - Parte 1

Para a maioria de nós, a visão de barris de madeira remete mais facilmente ao vinho, mas isso nem sempre foi assim. Durante séculos, antes da fabricação de recipientes de metal se popularizar, o barril de madeira estava entre os recipientes padrão para armazenar e transportar praticamente qualquer líquido. Água, cerveja, vinho, azeite, rum, molhos de pimenta, pasta de peixe fermentada – todos foram armazenados e transportados pelo mundo em madeira. Originalmente, não havia uma intenção particular de que a madeira transmitisse seu sabor para o líquido que acondicionava; o barril era simplesmente o recipiente à disposição.

Muitos entusiastas da cerveja já ouviram histórias sobre a India Pale Ale (IPA) viajando pelos mares, durante meses, em grandes barris de madeira. Seria lógico supor que os sabores da madeira eram comuns nessas cervejas. Na verdade, pelo menos a partir do início do século XIX, os cervejeiros trabalharam com afinco para evitar que os sabores da madeira fossem transferidos para a cerveja.

Com o tempo, tanques de fermentação e barris de aço inoxidável se tornaram os preferidos pela indústria cervejeira, obcecada com a esterilidade e preocupada com os custos e a facilidade de uso. Hoje, cervejeiros artesanais trouxeram de volta a madeira para a cervejaria, mas, dessa vez, os objetivos são totalmente diferentes. O barril já não é mais um mero recipiente. O cervejeiro moderno condiciona a cerveja em madeira para que esta influencie o sabor e o aroma daquela. Aqui falamos principalmente em algumas variedades de carvalho, embora outras madeiras também sejam usadas. Castanheira, freixo, choupo, cedro, acácia, cipreste, pau-brasil, pinho e até mesmo o eucalipto têm sido utilizados para produzir barris com graus variáveis de sucesso. Carvalho, no entanto, continua a ser a madeira preferida para a maioria dos barris.

Concomitante com o sabor da própria madeira, pode haver o sabor de qualquer bebida acondicionada no barril anteriormente. Embora alguns cervejeiros comprem barris novos, isso é relativamente raro, pois não apenas são muito caros como os seus sabores podem encobrir o sabor da cerveja. Os destilados ou o vinho que o barril acondicionou anteriormente terão extraído muito do seu sabor, mas também terão deixado alguns sabores intactos e, eventualmente, transmitido seus próprios sabores.

 

Não basta só beber cerveja boa todo dia, nós da Maniacs sabemos que quem curte mesmo nossos produtos quer saber mais sobre esse líquido tão amado. Por isso trazemos pra vocês alguns trechos do Guia Oxford de Cerveja editado por Garrett Oliver, com a revisão na versão brasileira do nosso CEO e fundador, Iron Mendes, para matar também sua sede de informação e cultura cervejeira.

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